quarta-feira, julho 30, 2008

ABBA FOR LIFE!

Quando falamos de memória…

Falamos de memória quando nos referimos a algo passado, situações que experimentámos, as marcas da nossa vida e é precisamente isso que nos leva muitas vezes a fraquejar ou a pensar que não somos capazes. Passado. Memória está intimamente ligada a cada um de nós e é por isso que se torna tão difícil defini-la. Trata-se nada mais, nada menos que um conjunto de características que pertencem a diferentes indivíduos; tem tanta identidade que acaba por ficar sem nenhuma. Memória é isso mesmo, é tudo e é nada. É tudo porque é ela que nos dá uma identidade, diz-nos quem nós somos e apresenta-nos o nosso passado, é sabedoria pois sabe tudo o que somos. É nada porque é ao mesmo tempo todos NÓS, e nós somos bastante diferentes!

Mas é ainda mais difícil fazer a representação plástica da memória ou de uma memória pois uma memória apresenta-se aos nossos olhos de uma forma irreal, é (supostamente) visível (o mais correcto seria dizer imaginável) e pode-se sentir, mas na verdade memórias não existem no mundo físico, não podem ser tocadas, não sobrevivem ao espaço, mas sobrevivem ao TEMPO. São ilusões.

Há memórias que nos fazem rir, há memórias que, por serem tristes, nos fazem chorar e há memórias que simplesmente nos deixam a saudade. A mágoa, por querermos tanto voltar a vivê-las. Acabou.

Nestas representações de memória procurei evidenciar, ou tratar esse lado das memórias com especial afinco, o lado melancólico, o lado melancolicamente bom, porque, de certa forma, uma memória é sempre sinónimo de saudade seja ela boa ou menos boa e há sempre algo de positivo que ela nos trás, quanto mais não seja o tornar um momento eterno, vivo connosco.

Recordo-me da minha infância, aquela altura em que sorria realmente por querer sorrir, em que tinha os meus pais, embora sempre extremamente ocupados, estavam sempre tão perto de mim…sempre prontos para me ajudar a ultrapassar as novas barreiras.

Os tempos mudaram e sinto uma enorme saudade, restou esse vazio deixado pelo tempo.

Recordo os momentos em que conversávamos quando estava triste ou aborrecida. Acontecesse o que acontecesse tinha-vos sempre por lá, e era bem mais fácil suportar. Pai, estavas sempre lá!

Olhando para trás sinto que perdi essa tranquilidade de ver os obstáculos com as costas, e é muito mais difícil avançar…

E recordo ainda as noites com a tuna, os acordes da guitarra a ressoar pela noite, e a escuridão das capas pretas sempre impondo tanto respeito pela noite, embalando a lua…anseio voltar, para já, só a tenho na memória.

“trago na memória, esse grande amor

Amor de estudante

fugaz esvoaçante, cheio de paixão…”

É por isso que tantas vezes sinto esta necessidade, uma lágrima, uma lágrima falante, um consolo.

Optei por utilizar as aguarelas, primeiro porque, por não permitir que se faça uma pintura com muita nitidez, representa na perfeição aquilo que a memória é, ou o que ela não é, já foi vivida uma vez, é única e isso impede-nos de ver as mesmas coisas sempre da mesma forma, há sempre alguma alteração; agora é apenas um “flash”. Vem e vai-se e não volta mais, pelo menos nunca mais é igual. Depois porque a aguarela permite-nos espalhá-la com mais facilidade e o facto de ela se transformar tão poeticamente, de uma forma tão lenta e “nobre” aliada à secagem rápida reforça o sentimento de incapacidade reviver a memória a sensação de que o tempo afinal passa a correr.

“Esqueci-me!”



"Memória", Buruna Nunesu

Memória

E recordo ainda as noites com a tuna, os acordes da guitarra a ressoar pela noite, e a escuridão das capas pretas sempre impondo tanto respeito pela noite, embalando a lua…anseio voltar, para já, só a tenho na memória.

“trago na memória, esse grande amor

Amor de estudante

fugaz esvoaçante, cheio de paixão…”

excerto de "Memória", Buruna Nunesu

terça-feira, julho 29, 2008

ora bem!!

o meu nome é bruna e trago algumas novidades.

parte boa: voltei! ja podem sorrir e trago muita vontade de escrever, mesmo que nao valha a pena. tenho muitos textos idiotas para por aqui, textos que odeio, mas como algumas pessoas em quem confio me dizem que "estao bonitos" talvez os ponha aqui tambem.

parte má (so para alguns): nao vou escrever nada agora, ou melhr nada de jeito! amanha talvez, porque neste momento estou, digamos cansada, e quero dormir, e estou feita parva a escrever mais um texto idiota, que ninguem vai querer ler!

paciencia!

isto amanha passa!

ahahahah


MAS VOLTEI! "há coisas fantásticas nao há?" xD